Ucrânia acusa Rússia de lançar o maior ataque de drones da guerra
09/07/2025
(Foto: Reprodução) Mais de 700 drones e 13 mísseis foram lançados pelos russos, segundo o Exército ucraniano. A grande maioria dos projéteis foi abatida. Zelensky chamou o novo ataque de 'maciço' e 'revelador' e pediu novas sanções contra a Rússia Agentes dos serviços de emergência trabalham para apagar um incêndio após um ataque russo na região de Kharkiv, Ucrânia, neste sábado
Serviço de Emergência da Ucrânia
A Ucrânia acusou a Rússia de ter lançado o maior ataque de drones da guerra contra o país na madrugada desta quarta-feira (9), com mais de 700 projéteis do tipo.
O Exército ucraniano afirmou que a Rússia utilizou um número recorde de 728 drones no ataque, e outros 13 mísseis também teriam sido lançados no território, totalizando 741 mísseis e drones. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou os números. A pasta afirmou ainda que os sistemas de defesa aérea destruíram 718 dos drones e sete mísseis.
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Segundo Zelensky, o principal alvo do ataque foi a cidade de Lutsk, no noroeste do país, mas também há relatos de danos nas regiões de Dnipro, Zhytomyr, Kiev, Kirovohrad, Mykolaiv, Sumy, Kharkiv, Khmelnytskyi, Cherkasy e Chernigov.
Zelensky repudiou o "novo ataque maciço" à Ucrânia e pediu novas sanções contra a Rússia e seu petróleo —maior fonte de renda do país.
"Esse é um ataque revelador —e ocorre justamente num momento em que tantos esforços têm sido feitos para alcançar a paz, para estabelecer um cessar-fogo, e ainda assim apenas a Rússia continua rejeitando todos eles. Isso é mais uma prova da necessidade de sanções severas contra o petróleo [russo], que tem alimentado a máquina de guerra de Moscou com dinheiro há mais de três anos. Sanções secundárias contra aqueles que compram esse petróleo e, assim, patrocinam mortes. Nossos parceiros sabem como aplicar pressão de forma que obrigue a Rússia a pensar em acabar com a guerra, não em lançar novos ataques. Todos que desejam a paz precisam agir", afirmou Zelensky.
Pessoas se abrigam dentro de uma estação de metrô durante um alerta de ataque aéreo em Kiev
REUTERS/Alina Smutko
Na última sexta (4), Kiev já havia afirmado que a Rússia tinha feito o maior bombardeio contra a Ucrânia desde o início da guerra. Na ocasião, foram lançados 539 ataques por drones e 11 bombardeios com mísseis contra Kiev.
O ataque, ainda de acordo com o governo ucraniano, deixou 23 feridos e atingiu diversos prédios em Kiev, que passou a madrugada sob o barulho de sirenes de ataque aéreo, drones kamikazes e detonações estrondosas.
Famílias tiveram de se amontoar em estações de metrô subterrâneas para se abrigar do ataque, que deixou uma densa camada de fumaça no céu da cidade.
Os presidentes americano e russo conversaram por telefone na quinta. Trump disse à imprensa que a ligação não alcançou "nenhum progresso" e que ficou decepcionado. O Kremlin afirmou que a conversa durou quase uma hora e que Putin insistiu que a Rússia "não abrirá mão de seus objetivos" na Ucrânia.
Rússia faz maior bombardeio da guerra na Ucrânia