Colômbia suspende envio de informações de inteligência aos EUA após ataques a barcos no Caribe

  • 11/11/2025
(Foto: Reprodução)
Presidentes Donald Trump, dos EUA, e Gustavo Petro, da Colômbia Elizabeth Frantz/Reuters e Luisa Gonzalez/Reuters O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou nesta terça-feira (11) que ordenou a suspensão do envio de informações de inteligência aos Estados Unidos devido aos ataques contra barcos no Caribe. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Em uma rede social, Petro afirmou que manterá a suspensão enquanto os Estados Unidos continuarem atacando embarcações ao justificar uma operação contra o narcotráfico na região. "Ordena-se, em todos os níveis de inteligência da força pública, suspender o envio de comunicações e outros contatos com agências de segurança dos Estados Unidos", publicou. "A luta contra as drogas deve se subordinar aos direitos humanos do povo caribenho." Ainda nesta terça-feira, a emissora americana CNN informou que o Reino Unido adotou medida semelhante e suspendeu parcialmente o compartilhamento de informações de inteligência por causa das operações no Caribe. Ao anunciar a medida, Petro compartilhou a reportagem sobre o Reino Unido. As relações entre a Colômbia e os Estados Unidos se deterioraram nas últimas semanas. Petro tem criticado a operação americana no Caribe, inclusive acusando o governo de Donald Trump de assassinato. No dia 19 de outubro, Trump usou uma rede social para chamar o presidente colombiano de "traficante de drogas ilegal", que incentiva a "produção massiva" de entorpecentes. Segundo Trump, Petro "não faz nada para deter" a produção de drogas no país e afirmou que o tráfico se tornou o "maior negócio" na Colômbia. Ele ainda disse que o líder colombiano é "mal avaliado" e "muito impopular". Trump alertou Petro que “é melhor encerrar” as operações de drogas “ou os Estados Unidos as encerrarão por ele, e não será feito de forma gentil”. Em setembro, os EUA anunciaram que revogaram o visto do presidente da Colômbia após ele ter participado de uma manifestação pró-Palestina em Nova York. Na ocasião, ele pediu que soldados norte-americanos desobedecessem às ordens de Trump. LEIA TAMBÉM EUA ampliam critérios e podem barrar vistos para pessoas obesas ou com outras doenças crônicas Maior porta-aviões do mundo chega à América Latina para atuar em operação de Trump na costa da Venezuela Tiktoker é executada em praça pública ao ser confundida com espiã no Mali Operação no Caribe EUA bombardeiam mais dois barcos no Oceano Pacífico e matam 6 pessoas Em dois meses, os EUA atacaram 20 embarcações no Caribe e no Pacífico, em ações que deixaram mais de 70 mortos. Segundo o comando americano, os barcos pertenciam a organizações narcoterroristas. Alguns ataques foram feitos em águas internacionais perto da Colômbia. Os ataques começaram em setembro, poucos dias depois de os EUA dobrarem para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro e lançarem uma operação militar contra o narcotráfico no Caribe. O governo dos EUA acusa Maduro de liderar o Cartel de los Soles, grupo classificado como organização terrorista internacional. Nesse cenário, autoridades americanas afirmam que o presidente venezuelano pode ser considerado alvo legítimo em ações contra cartéis. Na semana passada, o jornal "The New York Times" afirmou que Trump tem na mesa diversas opções militares, incluindo ataques a autoridades venezuelanas e medidas para assumir o controle do petróleo do país. Já a revista "The Atlantic" informou que Maduro estaria disposto a negociar a saída do poder, desde que recebesse anistia e garantias de segurança para viver no exílio. A Rússia declarou estar pronta para apoiar Caracas na escalada contra os EUA. Enquanto isso, Trump vem justificando as ofensivas dizendo que cada embarcação bombardeada representa 25 mil vidas americanas preservadas. Ele também admitiu que pretende realizar ataques terrestres contra cartéis, sem especificar quais países seriam alvo. Em outubro, o presidente americano anunciou que autorizou operações especiais da Agência Central de Inteligência (CIA) em território venezuelano. Ele não disse se os agentes receberam autorização para matar Maduro. VÍDEOS: em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/11/11/colombia-suspende-envio-de-informacoes-de-inteligencia-aos-eua-apos-ataques-a-barcos-no-caribe.ghtml


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